Julho 2015

Mini-robalos, a fruta da época

por Cláudio Morais» 29 jul 2015, 12:02

O verão chegou com força, o calor já se faz sentir e os dias longos convidando a uma pescaria no lusco-fusco e até mesmo noite dentro quando as condições assim o permitem. É a altura ideal para tentar a sorte e quem sabe capturar uns robalos cheios de fibra, visto ainda não estarem na época da engorda. É um pouco como quem vai para a praia, mas antes passa por um ginásio e tal, para (tentar) encantar as “robalas”. Sempre à espreita de condições algo favoráveis, encontrei uma pequena espreita num final de dia. Se fosse para ir sozinho não teria ido, mas desafiei quase em cima da hora o Grigas para uma pescaria e valeu-me a prontidão do “siga!” dele! As condições não eram de todo as mais favoráveis, mas dava para tentar a sorte! Logo nos primeiros lançamentos consegui enganar um robalote e deu para animar um pouco, pressupondo que andariam lá mais e maiores!

Mais um robalo que voltou para a água e para a geração de sub-30. Insistimos na zona, com amostras, passeantes, vinis… Só faltava atirar pedras, porque tudo que tínhamos e desse para atirar, foi parar à água! Pelos vistos não havia mais nada por ali e a maré começava a mudar e nós acompanhamos a mudança indo para outro sitio. Um bom espumeiro lá à frente e um fundão pelo caminho deixavam no ar a possibilidade de haver algo por ali.  Haver até havia mas era outro candidato a robalo acabadinho de sair da secundária, cheio de acne e borbulhas Mais um robalote que “aprendeu a voar”…

claudio morais robalos 2
claudio morais robalos 3

Insistimos bastante nessa última zona mas a maré acabou por nos expulsar de lá depois de 1 ou 2 banhos de chuveiro. Ficou a sensação de que ao menos não é grade, mas havia potencial para dar mais… Voltei depois ao mesmo sitio numa outra altura, mas o jogo já tinha mudado e com o mar mais forte, as condições já eram no limite do aceitável. Mesmo assim, quando já ponderava ir embora um “espertinho” decidiu atacar o vinil mas não ficou bem ferrado e após 2 ou 3 pancadas, soltou-se. Mais recentemente, numa nova actividade noctívaga tive uma daquelas noites em que o raro e o bizarro se juntaram. Mal chego ao local de acção sinto alguma actividade, pequena e tímida, quando recolhia devagar e pelo fundão fora. Uns toques nervosos e pequenos, mais outro e outro. Agora um peixe agarrou mas descravou logo, provavelmente pegou só na cauda… “Bailas. Elas andem aí” pensei eu. Agora, como raio as vou conseguir enganar?Tentei amostras de tamanho 12 mas não chegada onde elas andavam, pelo fundo. Tentei uma afundante, deixando afundar alguns segundos e dando animações lentas, sem sucesso… Vai de vinil, literalmente a rastejar pelo fundo. Voltei a sentir novamente actividade e agora mais atento, mal sinto a pancadinha, anda cá para fora!!!

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Depois, o bizarro. Estava em cima de uma pedra larga, de frente para o mar. E sinto um tremor nos pés. Uma onda que bateu mais forte, pensei eu…. Quando cheguei a casa é que soube o que se tinha passado. Vi noticias de que tinha havido um pequeno terramoto!!! Bolas….! E claro, o raro. No meio da noite escura, começo-me a aperceber de um estranho brilho esverdeado na rebentação… “Será? Nah, Não pode ser!” Sim, estava a ter um pequeno e tímido show de ardentia em tons de verde! Infelizmente não era suficiente para ficar registado em video, mesmo para o olho humano estava um pouco difícil de perceber. No fundo, esta é a altura onde a “fruta da época” é passar alguns momentos à beira mar e apanhar peixe miúdo.

Cana: Hiro Magister Lure 3m – Daiwa Infeet Seabass 2,82m
Carreto: Shimano Twinpower 4000 – Daiwa Caldia 2508H 2014
Fio: Sufix 832: 0,20mm
Baixo:Gorilla UC4 0,45mm
Amostras: Fiiish Black Minnow 120/25g