por Marcos Dias » 05 Jul 2013, 01:13
Boa noite a todos, estou aqui mais uma vez para vos relatar uma nova jornada que fiz às belas trutas. Novamente e para aproveitar o máximo de tempo sai logo a seguir ao almoço e de baixo de uma calor tórrido, tinha ideias de dar um mergulho lá na lagoa para me refrescar. Pelo caminho tive o azar de apanhar uns camiões logo no início da longa subida até às talhadas. Ia a 20 a assar…. Mas la me consegui escapar e encurtar a ansiedade. Deixei o carro numa sombra e fiz-me ao rio. Decidi fazer-me acompanhar do equipamento do fly para alguma eventualidade. A água estava óptima, o sol brilhava, soprava de vez em quando uma leve brisa. Tudo perfeito para uma bela jornada!
Comecei a lançar e ao quarto ou quinto lançamento a minha caninha fraquejou, saiu metade dela com o lançamento, estava partida ao meio. Aceitei com alguma intriga, achava que o bambu era mais flexível mas pronto, como tinha outra cana e estava perto do popó e, fui lá trocar recomecei a pescaria. Vou subindo o rio, lançando para locais interessantes até que chego a uma sombra de amieiros e alguns fetos a tocar a água.
Faço alguns lançamentos e no ultimo deixo a colher ir um bocadinho mais a baixo e sai um ataque das raízes!!! Cravou-se muito bem, alguma luta e tinha a primeira do dia, mais cedo que o habitual!! Deu-me logo liberdade para pensar que poderia ser desta que ia fazer mais do que 2 capturas, sim é verdade eu no máximo só ainda pesquei no máximo 2 trutas por jornada…
E com essa esperança lá ai continuando a pescar.
Passei por sítios em que muito me espantei não sentir toques. Até que cheguei à magnífica lagoa do Alfusqueiro. Estranhamente também aí não pesquei nada. Quando lancei para a corrente que a abastece é que vi com a perfeita nitidez uma truta a atacar a meppes, parece um flash!! Por azar meu não se cravou…Nesse momento percebi que trutas poderiam andar mais pelas correntes mais fortes ou inícios de rápidos. Como enquanto laçava vi alguns ataques a superfície achei que era o momento de tirar a ferrugem e treinar os lançamentos. Lancei, lancei e voltei a lançar mais vezes e nada, estava a apresentar bem a mosca mas elas não queriam.
Andei por ali ás voltas e quando vi que não ia sair dali truta nenhuma pensei em dar um mergulho para investigar a fauna subaquática do local. Mas quando olho para o fundo da lagoa parecia que não tinha fundo, era mesmo assustador, perdi logo a coragem e não arrisquei. Estava para começar o caminho de volta mas houve alguém que me chamou, uma voz interior a dizer “hoje vais tão cedo para casa??”… Voltei a pegar na cana e voltei a lançar para o rápido antes da lagoa e a truta voltou a atacar desta vez cravou-se bem. Aproveitei para fazer uma sessão fotográfica com ela… ahahah Ficou bem bonita…
Motivado subi até dar com à concessão… Fiz mais uns lançamentos num rápido e tiro outra cheia de energia!! Era a terceiraaa!!! ahahah Estava super satisfeito!!!
A vista para cima era igualmente fantástica!!
E com isto tudo o sol já ia baixo estava na hora de regressar, pelo caminho levantei algumas pedras e vi o que poderia ser o motivo da falta de ataques à pluma. Ainda vi muitas ninfas que, acho eu, já deviam ter eclodido. Mas deixo esta discussão para os mais experientes.
E na maior das calmas voltei pro carro e voltei a casa. Que terapia, voltei revigorado e até dormi melhor porque no fim de contas isto também é desporto e como tal cansa o corpo!! Espero da próxima vez poder apresentar-vos um novo troço do rio. Obrigado por lerem.
E como me tenho esquecido vou desta vez fazer um relato completo.
Ficha Técnica:
Cana: Shakespear Economy 210 (Tem mais de 20 anos)
Linha: Srius 0.30mm
Amostra: Mepps dourada pintas azuis
Carreto: Grauvell Syntesis zx 1200