por Marcos Dias » 04 abr 2015, 10:30
Olá a todos. Estava indeciso entre fazer o relato de uma jornada de pesca em que consegui a captura de um bom exemplar de truta fário, o meu recorde, e fazer um relato de uma jornada de pesca que fiz na terça-feira pela região do Minho. Bem vendo bem vou sem dúvida fazer o relato da ida ao norte por ser extremamente mais rica do que a primeira. Para começar, o objectivo era fazer uma visita a Valença do Minho passar la pela loja de pesca comprar meia dúzia de colheres para repor o stock e depois dar uma volta pelo rio Coura, mais propriamente pela barragem de Covas, por indicação do amigo que ia comigo se capturarem nessa barragem grandes trutas. Na terça-feira às 7 da manha estávamos a caminho. Duas horas depois, Valença à vista!! Fizemos uma pequena visita ao interior fortaleza, apreciar a bonita paisagem para o vale do rio Minho, enquanto procurávamos pela dita loja. Lá a encontramos, fizemos as nossas compritas, dois dedos de conversa, algumas dicas e bora procurar essa tal barragem! Mas também houve tempo para um almoço rápido. Curva e Contra curva. Ora a subir
Ora a descer
E já era visível ao longe o Coura! A primeira visão mais de perto foi deslumbrante, sem desapontar nem um bocadinho! Rio truteiro sem dúvida!
Tudo preparado e toca a pescar rio a baixo. Lançamento atrás de lançamento e nada, zonas tão promissoras e nada… A meu ver era porque as trutas não queriam nada com comida ou então era falta de arte. Mas à medida que se ia descendo a dificuldade em pescar aumentava, a água cada vez mais longe da margem e muito estranhamente as pedras estavam cobertas por algas escuras…
Já não me estava a cheirar nada bem, quando de repente se faz luz na minha cabeça, a tal barragem de Covas abriu as comportas e a água foi-se. Só disse para o meu colega, “aqui não apanhamos nada”. Foi altura de pensar outra estratégia. Tanto para cima como para baixo da barragem estava tudo afectado portanto se era para desfrutar de alguma coisa não era neste rio ainda por cima com uma natureza tão artificial. A solução foi procurar outro rio.
Seguimos em direcção ao mar para tentar encontrar algum afluente pescável. Tanto andamos, e não foi muito, que conseguimos encontrar um ribeiro mesmo ao estilo dos que eu gosto. Desafio, descer até à água. Quando a vontade é muita tudo se consegue e lá conseguimos alcançar o leito. Um rio lindo, cheio de quedas que água, o som que nos enchia a alma e que nos absorvia. Maravilhoso! Não se podia pedir mais!
Bem, e la começamos a subir o dito ribeiro!
A paisagem, a cada curva, nos surpreendia.
Cada queda de água que trepávamos era um mundo novo, aparentemente muito pouco explorado
Até nos esquecíamos que também estávamos a pescar, isto também porque ainda não tínhamos acertado na melhor escolha, depois de experimentar uma serie de amostras lá saiu a primeira bravona! Era uma truta das mais lindas que eu já vi na vida! Está tudo dito na foto…
Linda! E os cenários novos repetiam-se! Aquilo só visto! Todos deveriam ter uma experiencia destas! Umas das coisas que me surpreendeu foi a passividade das trutas, porque até uma coisa que acho quase impossível de se fazer, que é ver um truta num rio, eu consegui. De vez em quando lá vinham cheirar a amostra mas sempre com muita calma.
E talvez por isso as capturas foram sendo mais frequentes, eram pequenas mas cheias de cor e cheias de força!
Era um paraíso! Apesar de me ter iniciado nesta pesca há 4 anos nunca tinha tido uma experiência do género! Era bom só de ver!
Ainda bem que abriram as comportas da barragem de Covas.
Mais uma destemida!
Também o meu amigo livrou a grade com uma linda truta! E que contente que ele ficou!
E a paisagem a manter o nível!
Mais uma que queria aparecer na fotografia
E a última! A maior!
Até que chegamos a uma zona em que o rio se dividia e resolvemos parar de subir porque parecendo que não o tempo passa. E não queríamos de maneira nenhum voltar às escuras.
Ainda houve tempo para uma foto, no ponto de partida, para mais tarde recordar!
Desculpem-me de ser um relato tão longo mas é isto que me move.
Abraço
Ficha técnica:
Amostra: Mepps dourada de pintas pretas
Linha: fio 0.14
Cana: Plaway 135 5-40grs
Carreto: DAWA Crossfire 2500A